trajetórias:
eu estou [onde?] fazendo uma trajetória pessoal de escuta
2015
para 8 instrumentistas | for 8 instruments
[ female voice, bs.fl, bs.cl., accord, vla, vlc, db, perc ]
commissioned by americas society
score's graphic design: alessandra bochio
Ensemble OCAM, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2017.
A série Trajetórias lida especialmente com a questão da escuta e do espaço, tendo como tema central a ideia de fragmentação. A peça implica num conjunto de oito performers espalhadas/os em um determinado espaço, de modo que tal conjunto não possa ser escutado em sua totalidade a partir de um único ponto. O público participante é convidado a se deslocar livremente por entre esse espaço numa espécie de caminhada sonora não-guiada, na qual trajetórias singulares de escuta podem ser vivenciadas.
A partitura também responde à esta abordagem espacial e se constitui efetivamente como um mapa a partir do qual cada performer pode navegar com certa liberdade e traçar seus percursos individuais.
Ao impor às/aos performers e ao público participante a impossibilidade de uma apreensão total do espaço sonoro, a peça problematiza o ideal de uma escuta onisciente: é preciso aceitar que algo se escuta, mas muito se perde, e que a escuta é uma experiência ao mesmo tempo coletiva e individual. Este trabalho propõe assim um jogo permanente entre totalidade e fragmentação, pertencimento e isolamento, foco e desfoco, concentração e dispersão.
Trajetórias dura 30 minutos.
The Trajectories series deals especially with the issue of listening and space, having as its central theme the idea of fragmentation. The piece calls for a set of eight performers scattered in a given space in such a way that the set cannot be heard in its entirety from a single point. The participating public is invited to move freely through this space in a kind of unguided soundwalk, in which unique listening trajectories can be experienced.
The score also responds to this spatial approach and is effectively constituted as a map from which each performer can navigate with some freedom, tracing their individual paths.
By imposing on the performers and the participating public the impossibility of a total apprehension of the sound space, the piece problematizes the ideal of an omniscient listening: it is necessary to accept that something is heard but much is lost, and that listening is an experience both collective and individual. This work thus proposes a permanent oscilation between wholeness and fragmentation, belonging and isolation, focus and blur, concentration and dispersion
Trajetórias lasts 30 minutos.
mais a respeito dessa peça | more about this piece
BONAFÉ, Valéria. A casa e a represa, a sorte e o corte.
Ou: a composição musical enquanto imaginação de formas, sonoridades, tempos [e espaços]. Caderno 4 - Trajetórias.
Tese de doutorado. São Paulo, USP, 2016.
VI Seminário de Pesquisa do NuSom, 2017.
Eu estou no Instituto Tomie Ohtake fazendo uma trajetória pessoal de escuta
[BR premiere, São Paulo (Instituto Tomie Ohtake)]
Ensemble OCAM
Inés Terra, voice
Tahyná Oliveira, bass flute
Laís Marina Francischinelli, bass clarinet
Nina Hotimsky, accordion
Eva Lemmi, viola
Amanda Ferraresi, cello
Beatriz França, double bass
Cristina Akashi, percussion
I am at Dalehead Arch, making a personal trajectory of listening [world premiere - US, NewYork (Central Park)]
Kirsten Sollek, voice
Martha Cargo, bass flute
Carlos Cordeiro, bass clarinet
JP Schlegelmilch, accordion
Jessica Meyer, viola
Michael Haas, cello
Andrew Trombley, double bass
Russell Greenberg, percussion